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A morte da tartaruga

O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. “Cuidado, senão você acorda seu pai”. Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.

Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, estremunhado , ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: – “Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que faço. Já lhe prometi tudo mas ele continua berrando desse jeito”. O pai examinou a situação e propôs:

– “Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá com o pai”. O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garoto no colo e disse: – “Eu sei que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas nós vamos fazer pra ela um grande funeral”. (Empregou de propósito a palavra difícil). O menininho parou imediatamente de chorar. “Que é funeral?” O pai lhe explicou que era um enterro. “Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velinhas de aniversário. Aí convidamos os meninos da vizinhança, acendemos velinhas, cantamos o Happy-Birth-Day-To-You pra tartaruguinha morta e você assopra as velas.

Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia que ela morreu. Isso é que é um funeral! Vamos fazer isso? O garotinho estava com outra cara. “Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não vai? Olha, eu vou apanhar ela”. Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal. “Papai, papai, vem cá, ela está viva!” O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava andando de novo, normalmente. “Que bom, hein?” – disse – “Ela está viva! Não vamos ter que fazer o funeral!” “Vamos sim, papai” – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – “Eu mato ela”.

Moral: O importante não é a morte, é o que ela nos tira.

1) Quais foram os artifícios utilizados pela mãe e pelo pai para que o menino parasse de chorar?

A mãe ofereceu coisas que ele conhecia, tais como uma tartaruga nova, um carrinho, entre outros.

O pai sugeriu que fizessem algo que o menino não sabia o que era, um funeral.

2) A mãe ofereceu uma surra ao menino, mas antes tinha oferecido um carrinho ou um velocípede. Por que?

Primeiro a mãe sentiu pena e quis acalmar o filho, mas o seu choro contínuo e as tentativas falhadas fizeram ela perder a paciência.

Assim, acreditando que somente com a ameaça de uma surra o menino se calasse, recorreu a ela.

3) Que palavra difícil o pai do menino usou na conversa com ele?

Funeral

4) O que fez o menino parar de chorar?

A novidade da realização de um grande funeral para a tartaruga.

5) Por que o menino quis matar a tartaruga?

Porque se a tartaruga estivesse viva o funeral não seria realizado.







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esta vida é uma viagem
pena eu estar
só de passagem

No poema de apenas três versos, o poeta lamenta-se

a) da fugacidade da vida.
b) demonstra preferir a vida espiritual à terrena.
c) revolta-se contra o seu destino.
d) sugere que a vida não tem sentido.
e) abomina a agitação da vida.







Alternativa correta: a) da fugacidade da vida.

A partir da leitura do poema, podemos compreender que o autor aborda sobre a efemeridade da vida, ou seja, sua qualidade de ser fugaz e que acaba com rapidez para todos, tal qual uma viagem.

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A vida dá voltas

Sou um tipo meio fatalista. Acho que a vida dá voltas. Um amigo meu, Luís, casou-se com Cláudia, uma mulher egoísta. Ele era filho único, de mãe separada e sem pensão. Durante algum tempo, a mãe de Luís foi sustentada pelo próprio tio, um solteirão. Quando este faleceu, começaram as brigas domésticas: Cláudia não admitia que Luís desse dinheiro à mãe. Ele era um rapaz de classe média. Por algum tempo, arrumou trabalhos extras para ajudar a idosa.

Convencido pela esposa, ele mudou-se para longe. Visitava a mãe uma vez por ano. Para se livrar da questão financeira, Luís convenceu a mãe a vender o apartamento. Durante alguns anos, ela viveu desse dinheiro. Muitas vezes, lamentava a falta do filho, mas o que fazer? Luís, sempre tão ocupado, viajando pelo mundo todo, não tinha tempo disponível. Na casa da mãe, faltou até o essencial. E ela faleceu sozinha.

O tempo passou. Hoje, Luís, antes um profissional disputado, está desempregado. Foi obrigado a se instalar com a família na casa dos sogros, onde é atormentado diariamente. A filha de Luís e Cláudia cresceu e saiu de casa. Quer seguir seu próprio rumo!

Luís não tem renda, nem bens. Está quase se divorciando. Ficou fora do mercado de trabalho. O que vai acontecer? A filha cuidará dele? Tenho dúvidas, porque ele não a ensinou com seu próprio exemplo.

A vida é um eterno ciclo afetivo. Em uma época todos nós somos filhos. Em outra, tornamo-nos pais: é a nossa vez de cuidar de quem cuidou de nós.

Considerando o último parágrafo do texto, pode-se afirmar que a relação entre pais e filhos deve ser baseada

a) no medo.
b) na persistência.
c) na expectativa.
d) na esperança.
e) na troca.







Alternativa correta: e) na troca.

Considerando o último parágrafo do texto, o autor deixa claro que a vida é um ciclo, onde um dia nossos pais são os cuidadores e, no outro, somos nós que assumimos esse papel. Assim, temos expressa a ideia de retribuição, de troca.


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(...) Da garrafa estilhaçada, no ladrilho já sereno escorre uma coisa espessa que é leite, sangue... não sei. Por entre objetos confusos, mal redimidos da noite, duas cores se procuram, suavemente se tocam, amorosamente se enlaçam, formando um terceiro tom a que chamamos aurora.

(Carlos Drummond de Andrade)

No fragmento anterior, Carlos Drummond de Andrade constrói, poeticamente, a aurora. O que permite visualizar este momento do dia corresponde:

a) a objetos confusos mal redimido da noite.
b) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno.
c) à aproximação suave de dois corpos.
d) ao enlace amoroso de duas cores.
e) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho.





Alternativa correta: d) ao enlace amoroso de duas cores.

Com a leitura do trecho acima, compreendemos que a descrição feita pelo escritor é a respeito da aurora, ou seja, o momento do nascer do sol em que observamos uma mistura de cores com a saída da noite e chegada do dia.



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O fim do marketing
A empresa vende ao consumidor
— com a web não é mais assim

Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam mais. O paradigma era simples e unidirecional: as empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma todas essas atividades.

(...)

Os produtos agora são customizados em massa, envolvem serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas concepções industriais na definição e marketing de produtos.

(...)

Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado, os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores vão oferecer vários preços por um produto, dependendo de condições específicas. Compradores e vendedores trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados, e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos e serviços.

(...)

A empresa moderna compete em dois mundos: um físico (a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação (o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso, mas sim de uma grande comunidade online e com o capital de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta. Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.

(...)

Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram “mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder. As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo. Os consumidores com frequência têm acesso a informações sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião pública” online.

Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.

A leitura atenta deste instigante artigo de Don Tapscott revela que o tema central de sua mensagem é:

a) O advento do comércio via internet subverteu as teorias tradicionais de marketing.
b) O comércio via internet confirma todas as teorias de publicidade e marketing vigentes.
c) A aplicação dos princípios tradicionais de marketing se tornou vital para o sucesso do comércio online.
d) O comércio realizado em lojas físicas é ainda preferível ao realizado online.
e) A lei da oferta e da procura não influencia de nenhum modo o comércio via internet.







Alternativa correta: a) O advento do comércio via internet subverteu as teorias tradicionais de marketing.

A partir da leitura do texto, podemos compreender que a internet foi uma das maiores influenciadoras nas mudanças de comportamento dos consumidores.

Com isso, as teorias associadas ao marketing, antes consideradas modernas, hoje em dia se tornaram obsoletas com o aumento de consumidores on-line.


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Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis:

E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1, soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.

(Quincas Borba, 1992.)

1 polca: tipo de dança.
2 sarabanda: tipo de dança.

De acordo com o narrador,

a) os erros do passado não afetam o presente.
b) a existência é marcada por antagonismos.
c) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
d) cada instante vivido deve ser festejado.
e) os momentos felizes são mais raros que os tristes.









Alternativa correta: b) a existência é marcada por antagonismos.

A partir da leitura do trecho de Quincas Borba, fica claro que a vida é marcada por diferentes antagonismos ou oposições (chora e ri), e isso é o que denota seu equilíbrio.


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Texto 1

Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?

(Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)


Texto 2

Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a versão perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 kg além da original. O Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e enormes rodas, de aro 22, com direito a pequenos caixões estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais longo, o banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote de cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.

(Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)

Confrontando o conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que:

a) embora os dois textos transmitam concepções divergentes acerca da morte, eles tratam de visões concernentes à mesma época, a saber, a sociedade atual.
b) sob o ponto de vista filosófico, não há diferenças qualitativas entre uma e outra concepção sobre a morte.
c) os comentários do texto grego sobre a morte são coerentes com uma filosofia de forte valorização do corpo em detrimento da alma, e do mundo sensível sobre o mundo inteligível.
d) o texto de Platão evidencia uma cultura monoteísta, enquanto que o segundo é politeísta.
e) enquanto no primeiro texto transparece a dignidade metafísica da morte, no segundo sugere-se a conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo.






Alternativa correta: e) enquanto no primeiro texto transparece a dignidade metafísica da morte, no segundo sugere-se a conversão do funeral em espetáculo da sociedade de consumo.

A partir da leitura dos textos, fica claro que a morte é o tema principal, porém é abordada de maneiras diferentes.

Assim, no primeiro texto temos a morte como a passagem do mundo terreno ao espiritual; enquanto no segundo, o foco está no espetáculo do consumo, evocado por um “carro faz que parte de um pacote de cerimonial fúnebre”.


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A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)

No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor

a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
b) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
c) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.







Alternativa correta: e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.

Ao utilizar a palavra “chamadas” antes de “ciências sociais”, o autor do texto evita a generalização do termo, utilizando-o com reserva.

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Leia o texto para responder às questões.

O labirinto dos manuais

Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!

Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.

— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.

Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!

Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*?

Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microndas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!

Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!

(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)

* Livro do escritor russo Liev Tolstói. Com mais de mil páginas e centenas de personagens, é considerada uma das maiores obras da história da literatura.

Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir corretamente que

a) a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais produtiva do que utilizar celulares e computadores.
b) os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem compreender e pôr em prática são improdutivos.
c) a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o celular, embora duvidasse das qualidades prometidas pelo aparelho.
d) o manual sobre computadores, ao contrário de outros do gênero, cumpria a promessa assumida nos dizeres impressos na capa.
e) os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, pois, dessa forma, estes últimos entenderiam as funções básicas do equipamento.






Alternativa correta: b) os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem compreender e pôr em prática são improdutivos.

Segundo o texto, os manuais de instruções dos aparelhos mais confundem do que ajudam e, por isso, são indicados como “labirintos” onde as pessoas se perdem.


2) Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta.

a) Em – alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo decorrido e pode ser substituído, corretamente, por Fazem.
b) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. –, o termo em destaque expressa a ideia de exclusão.
c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido figurado, indicando confusão, incompreensibilidade.
d) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por limitada.
e) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a conjunção em destaque expressa a ideia de comparação.





Alternativa correta: c) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido figurado, indicando confusão, incompreensibilidade.

O termo “labirinto” foi utilizado no texto em seu sentido figurado (ou conotativo) indicando algo complexo e que causa confusão, tal qual um labirinto.

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"Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações de manutenção da paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário da comunidade internacional com a promoção da paz e da segurança.

Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas funcionam como instrumento para assegurar a presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a incentivar as partes em conflito a superar suas disputas por meio pacífico – razão pela qual não devem ser vistas como forma de intervenção armada."

Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz. Em 2004, foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).

De acordo com o texto, essa missão foi criada para

a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI.
b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam mão de obra infantil nas minas onde esse minério é encontrado.
c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a partir do Haiti distribuía drogas para todos os países da América Latina.
d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era o principal responsável pela poluição ambiental no Caribe.
e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse tipo de mão de obra nas plantações de soja e trigo.








Alternativa correta: a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI.

Segundo o texto, a ONU (Organização das Nações Unidas) tem como compromisso amenizar as disputas entre algumas regiões e trazer paz e segurança aos locais envolvidos em conflitos.

Da mesma forma, a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) tem como intuito restabelecer a segurança do local, depois de anos de conflitos e episódios de violência.

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“Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível Hulk é um abacate.”

Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou improcedentes.

O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, considerando que, da constatação de que todo abacate é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.

Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:

a) enumeração incorreta
b) generalização invertida
c) representação imprecisa
d) exemplificação inconsistente





Alternativa correta: b) generalização invertida

No caso de generalização invertida, chega-se a uma conclusão geral precipitada a partir de uma situação particular, cuja amostra analisada é muito pequena não sendo possível sustentar uma generalização.

No exemplo acima ocorreu isso, o que gerou um erro de lógica, uma vez que a generalização criada não pode ser utilizada em todos os casos possíveis.

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A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.

Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.

Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?


Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.






Alternativa correta: e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

Na opinião da autora, o purismo da língua traz consequências que dificultam a compreensão linguística e, por isso, são prejudiciais. Esse purismo está relacionado com a hierarquização dos usos da língua que gera preconceito linguístico entre os falantes.


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 “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.

Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.

História Viva, n.° 99, 2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que

a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.









Alternativa correta:

d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.

A importância de José de Alencar (1829-1877) não se limita somente ao Brasil Imperial (1822-1889). Escritor multifacetado, ele atuou como jornalista, crítico, advogado, dramaturgo e político, sendo uma das figuras mais importantes da literatura romântica nacional.

Por esse motivo, a digitalização de suas obras, sem dúvida, fortalecerá a preservação da memória linguística e da identidade nacional, tornando público seus escritos.


Enem/Vestibular.

A civilização “pós-moderna” culminou em um progresso inegável, que não foi percebido antecipadamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob o “mau uso” da ciência, da tecnologia e da capacidade de invenção nos precipitou na miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência, a tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios que explodiram com o capitalismo monopolista de sua terceira fase.

Em páginas secas premonitórias, E. Mandel1 apontara tais riscos. O “livre jogo do mercado” (que não é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e uma carrada maior de milhões nos países pobres. O centro acabou fabricando a sua periferia intrínseca e apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras periferias externas, que abrangem quase todo o “resto do mundo”.

1: Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político belga.

O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, para indicar que ela

I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição;
II. pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento;
III. contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor.

Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes no texto:

A. “pós-moderna” (L. 1);
B. “mau uso” (L. 2);
C. “livre jogo do mercado” (L.6);
D. “livre” (L. 7);
E. “resto do mundo” (L. 9).

As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, verificam-se, respectivamente, em

a) A, C e E
b) B, C e D
c) C, D e E
d) A, B e E
e) B, D e A





resposta:





Alternativa correta: a) A, C e E

O uso das aspas no texto indicam algumas intenções do autor:

“Pós-moderna”: o autor entende que ainda existem algumas restrições sobre o uso desse termo, seja por ser incerto ou pouco aceito pela comunidade acadêmica. O termo pós-moderno indica uma fase que começou após o modernismo, no entanto, alguns autores se referem a esse momento por “contemporaneidade”.

“Livre jogo do mercado”: as aspas aqui foram usadas pois essa é uma expressão usada na área da economia e, portanto, trata-se de um jargão. Ela indica a liberdade do mercado em atuar sem intervenção do estado.

“Resto do mundo”: o autor usou aspas nessa expressão para indicar que existe um caráter pejorativo nela do qual ele não compartilha, ou seja, não concorda.



Enem/Vestibular: Futurismo.

O que foi o futurismo?

Apesar de se chamar futurismo, essa escola vem lá do final do século XIX e envolveu principalmente a literatura e as artes plásticas. O movimento se iniciou na França e procurava dar ênfase aos traços coloridos.

A obra que “inaugurou” o futurismo foi o Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, publicado pelo jornal francês Le Figaro. O texto enfatizava o lema “Liberdade para as palavras”.

Todos os artistas e autores do futurismo acreditavam na rejeição ao passado e aos valores hipócritas de moral duvidosa. Suas obras buscavam mostrar toda a agitação da vida moderna, assim como as evoluções tecnológicas daquela época.

Alguns dos artistas que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922 foram influenciados pelos futuristas.

Eles estavam interessados em rejeitar os modelos antigos europeus e começar um novo padrão nacional, ou seja, olhar para o futuro.

No Brasil, não apenas o futurismo, mas boa parte dos movimentos de vanguarda, como o dadaísmo, o cubismo, o expressionismo, entre outros, teve adeptos que estavam presentes na Semana de 22.

quais são as principais características do futurismo


quem são os principais autores do futurismo


quem são os prinipais artistas do futurismo


E aí, achou o movimento futurista interessante? Não deixe de analisar as obras citadas e pesquisar mais sobre os principais autores do futurismo. Isso vai te ajudar a ampliar a área de conhecimento e sair na frente dos seus concorrentes para conquistar uma vaga no curso escolhido.

Você pode aproveitar e, além de entender quais são os principais autores do futurismo, estudar também quem foi e as ideias do sociólogo Émile Durkheim e do filósofo Platão.





Enem/Vestibular.

Cartaz para interpretação de texto com uma criança e livros



Os textos publicitários são produzidos para cumprir determinadas funções comunicativas. Os objetivos desse cartaz estão voltados para a conscientização dos brasileiros sobre a necessidade de

a) as crianças frequentarem a escola regularmente.
b) a formação leitora começar na infância.
c) a alfabetização acontecer na idade certa.
d) a literatura ter o seu mercado consumidor ampliado.
e) as escolas desenvolverem campanhas a favor da leitura.





a resposta certa é:



Resposta do exercício  B – A formação leitora começar na infância. A intenção é que as crianças leiam mais, aprendam mais, memorizem, relacionem, raciocinem, enfim, se encantem com o mundo da leitura.




Enem/Vestibular

Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos

A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão.

Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como marca da nova geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias.

Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que viriam na velhice já são parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, exemplifica Claudia.

Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as informações apresentadas no texto indicam que

a) a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes.
b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos combinada com um maior consumo de alimentos ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes.
c) a maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio metabólico.
d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições de alimentação, enquanto que na população adulta os fatores hereditários são preponderantes.
e) a prática regular de atividade física é um importante fator de controle da diabetes entre a população adolescente, por provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica.






a resposta certa é:



Resposta do exercício A – A falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem fatores relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes. Neste caso compreende-se uma carência nutricional que supra o corpo na medica certa, unida à uma carência funcional física, que não fortalece os músculos e a resistência como um todo. Tudo isso conduz o organismo à fraqueza no combate às enfermidades.


Enem/Vestibular


Exercício de Interpretação de Texto:

A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.

Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali.

Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?

Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.






a resposta é:





Resposta do exercício  E – Os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.  Estes comportamentos citados mais atrasam a compreensão do que facilitam o aprendizado do Português.

Enem/Vestibular.

“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.

Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que

a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.




a resposta é:



Resposta do exercício é D – A digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional. Ora, estando digitalizados não podem perderem-se por fogo, desastre, depredação e afins. Além disso, sua divulgação é facilitada num tempo muito mais hábil para diversas pessoas.


Enem/Vestibular.


Exercício de Interpretação de Texto:

Enquanto fugia de caçadores, uma raposa viu um lenhador e lhe pediu que a escondesse. Ele sugeriu que ela entrasse em sua cabana e se ocultasse lá dentro. Não muito tempo depois, vieram os caçadores e perguntaram ao lenhador se ele tinha visto uma raposa passar por ali. Em voz alta ele negou tê-la visto, mas com a mão fez gestos indicando onde ela estava escondida.

Entretanto, como eles não prestaram atenção nos seus gestos, deram crédito às suas palavras. Ao constatar que eles já estavam longe, a raposa saiu em silêncio e foi indo embora. E o lenhador se pôs a repreendê-la, pois ela, salva por ele, não lhe dera nem uma palavra de gratidão. A raposa respondeu: “Mas eu seria grata, se os gestos de sua mão fossem condizentes com suas palavras.”

A moral mais apropriada para fechar a fábula seria:

a) esta fábula pode ser dita a propósito de homens desventurados que, quando estão em situações embaraçosas, rezam para encontrar uma saída, mas assim que encontram procuram evitá-las

b) desta fábula pode servir-se uma pessoa a propósito daqueles homens que nitidamente proclamam ações nobres, mas na prática realizam atos vis

c) esta fábula mostra que os homens desatentos prestam atenção nas coisas de que esperam tirar proveito, mas permanecem apáticos em relação àquelas que não lhes agradam

d) assim, alguns homens se entregam a tarefas arriscadas, na esperança de obter ganhos, mas se arruínam antes mesmo de chegar perto do que almejam

e) desta fábula pode servir-se uma pessoa a propósito de um homem frouxo que reclama de ínfimas desgraças, enquanto ela própria suporta, sem dificuldade, desgraças enormes





a resposta é:






Resposta do exercício é BSe não sabe o que é uma fábula, pesquise a respeito. Você saberá que cada uma tem uma moral. A ideia é que você possa apontar, depois de ler a fábula, que moral ela quer nos apresentar.

Enem/vestibular.


Exercício de Interpretação de Texto:


Tirinha de interpretação de texto com dois personagens em paris, próximos a torre eiffel

Examine o cartum:

O efeito de humor presente no cartum decorre, principalmente, da

a) semelhança entre a língua de origem e a local

b) falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico

c) falta de habilidade da personagem em operar o localizador geográfico

d) discrepância entre situar-se geograficamente e dominar o idioma local

e) incerteza sobre o nome do ponto turístico onde as personagens se encontram




a resposta é:




Resposta do exercício  – DA análise de cartuns é muito comum. Observe não apenas o verbal, o que está escrito, mas também o não verbal, ou seja, a imagem e tudo o que ela contribui para a compreensão do texto. Aí você poderá identificar que os homens são brasileiros, mas estão em outro país (veja a famosa Torre Eiffel ao fundo), com um telefone na mão e aparentemente perdidos.

Enem/Vestibular.


Exercício de Interpretação de Texto:

[…] dia desses, uma equipe de reportagem de um canal por assinatura veio até minha casa para me entrevistar sobre a Era Vargas. O repórter que conduziria a conversa advertiu-me, antes de o operador ligar a câmera: “Pense que nosso telespectador típico é aquele sujeito esparramado no sofá, com uma lata de cerveja numa mão e o controle remoto na outra, que esbarrou na nossa reportagem por acaso, durante o intervalo de um filme de ação”, detalhou. “É para esse cara que você vai falar; pense nele como alguém com a idade mental de 14 anos.”

Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase enxotei o colega porta afora, aos pontapés. Respirei fundo e procurei ser didático, sem me esforçar para parecer que estava falando com o Homer Simpson postado ali do outro lado da lente. Afinal, como pai de duas crianças, acredito que há uma enorme distância entre o didatismo e o discurso toleirão, entre a clareza e a parvoíce.


Segundo o repórter, o telespectador típico

a) tem dificuldade para entender a Era Vargas

b) é imaturo

c) é capaz de entender qualquer explicação

d) evita mudar de canal

e) busca informações históricas ao acaso





a resposta é:



Resposta do exercício – B – Atente sempre para o enunciado da questão. Veja que apesar de o texto enfocar diversos aspectos e ter mais de um personagem, a pergunta é bem específica e versa sobre quem é o telespectador típico. Vá eliminando as opções que não fazem sentido e chegará à letra B. Ele é considerado imaturo porque de acordo com o próprio texto tem idade mental baixa, além de apresentar outros comportamentos que podem reforçar isso.

Enem/Vestibular

Exercício de Interpretação de Texto

[…]

O menino ouviu a narrativa de um arqueiro que passou anos e anos treinando a arte do arco e flecha, até se tornar um especialista. Ao chegar a uma reunião com outros arqueiros, encontrou uma extensa parede com inúmeros alvos – e flechas cravadas bem no centro deles. O arqueiro ficou impressionado. Não acreditava que uma única pessoa havia feito aquilo. Era uma proeza. Uma multidão de flechas milimetricamente no centro dos alvos, quem realizou aquele feito? Havia um garotinho perto dos alvos e o arqueiro perguntou:

“Você sabe quem lançou essas flechas?”. E o garoto disse: “Sim, fui eu”. O arqueiro não conseguia acreditar. Como assim? Aquele garotinho era o responsável por tamanha façanha? Então o menino contou como fez aquilo: “Primeiro eu jogo a flecha e depois pinto o alvo ao redor”. […]

Os ditados populares e provérbios têm a propriedade de sintetizar interpretações sobre fatos da vida cotidiana, geralmente ilustrados por narrativas que contêm quebras de expectativa. Considerando essas informações, o possível provérbio que melhor sintetiza o texto é

a) não adianta chorar sobre o leite derramado

b) água mole em pedra dura tanto bate até que fura

c) cada macaco no seu galho

d) quem com ferro fere, com ferro será ferido

e) em terra de cego, quem tem um olho é rei





a resposta certa é:




Resposta do exercício - E - Considere que questões como esta são muito frequentes, pois os examinadores querem saber se você consegue combinar o dito popular com o texto que acabou de ler. Assim eles avaliam duas coisas: se você compreendeu o texto e se consegue trazer uma frase que combine com ele.



Enem.

TEMAS POLÊMICOS...QUE PODEM SER SOLICITADOS NO ENEM E VESTIBULARES.

 

Por que você precisa ver a polêmica série de Zac Efron

Zac Efron nos acostumou com personagens pra lá de sedutores. Mas já imaginou ver Zac Efron totalmente vulnerável em frente às câmeras? Pois a hora é agora.

O eterno ator de High School Musical chega ao serviço de streaming da Netflix com uma série polêmica, mas, ao mesmo tempo, inspiradora.

Down to Earth with Zac Efron ganhou o nome de Curta Essa com Zac Efron em português; e promete mostrá-lo pelo mundo em busca de formas saudáveis e mais sustentáveis para levar a vida.

Ao lado do especialista em bem-estar Darin Olien, o muso visita vários países e mergulha em diferentes culturas.

"Comida, água e energia são todos os principais itens da vida moderna", diz ele no trailer. Mas por que a série se tornou polêmica. Como os fãs bem sabem, o astro de Hollywood foi parar no hospital após ser diagnosticado com febre tifoide enquanto gravava a atração na Papua-Nova Guiné; deixando-o entre a vida e a morte.

Além disso, Zac conversará com algumas instituições que lutam pela conservação do nossos planeta, mas que desagradam algumas autoridades; comerá alimentos exóticos, incluindo alguns com pesticidas, e visitará áreas restritas. 

Por outro lado, a série vai proporcionar que os admiradores conheçam um lado mais humano e íntimo do astro, que sempre se mostrou reservado.


A Brasileira.

A Brasileira

 

Chiquinha Gonzaga

 

EU ADORO UMA MORENA SACUDIDA

DE OLHOS NEGROS E FACES COR DE JAMBO

LÁBIOS RUBROS, CABELOS DE AZEVICHE

QUE ME MATA, ME ENFEITIÇA, PÕE-ME BAMBO

A CINTURA, MEU DEUS, É DELICADA

O SEU PORTE É FACEIRO E BEM DECENTE

AS MÃOZINHAS SÃO ENFEITES, SÃO BERLOQUES

QUE FAZEM ENLOUQUECER A TODA GENTE

 

AI MORENA A QUEM AMO, A QUEM ADORO

NÃO ME SAI UM SÓ MOMENTO DA IDEIA

É FACEIRA, DENGOSA E MUITO CHIQUE

TEM UM PÉ... QUE BELEZA, QUE TETEIA!

 

HÁ SEGREDOS, QUEM DIZ, NAQUELE CORPO

TREMELIQUES, DESMAIOS, SENSAÇÕES

QUE NOS PÕE A CABEÇA ANDAR À RODA

SONHANDO COM DELÍCIAS, COM PAIXÕES

SEUS DENTES SÃO MARFIM DE ALTO PREÇO

SUA BOCA UM COFRE PERFUMADO

O RESTO DO CORPINHO UMA DELÍCIA

O MELHOR É NÃO DIZER, FICAR CALADO

 

AI MORENA A QUEM AMO, A QUEM ADORO

NÃO ME SAI UM SÓ MOMENTO DA IDEIA

É FACEIRA, DENGOSA E MUITO CHIQUE

TEM UM PÉ... QUE BELEZA, QUE TETEIA!


Fácil e Difícil.

Fácil e Difícil

 

Falar é completamente fácil quando se tem palavras em mente que se expresse

sua opinião.

 

Difícil e expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.

 

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.

 

Difícil é encontrar e refletir sobre seus próprios erros.

 

Fácil é fazer companhia alguém, dizer que ela deseja ouvir.

 

Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.

 

Fácil e analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma.

 

Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.

 

Fácil é demonstrar raiva e Impaciência quando algo o deixa irritado...

 

Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.

 

Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã.

 

Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes Impetuosas, a

cada dia que passa.

 

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar ...

 

Difícil é mentir para o nosso coração.

 

Fácil é ver o que queremos enxergar.

 

Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.

 

 

 

Fácil é ditar regras e, difícil é segui-las.

 


Mulheres Famosas.

MULHERES FAMOSAS

 

 

A primeira mulher a reger (dirigir) uma orquestra no Brasil foi Chiquinha Gonzaga, pianista e compositora, em 1879.

 

Em 1917, a professora Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino, comandou uma passeata que exigia que as mulheres tivessem o direito de votar.

 

A primeira mulher a tornar-se ministra de Estado (representante dos ministérios, como da Fazenda, do Trabalho) foi Maria Esther Figueiredo Ferraz, nomeada ministra da Educação em 1982.

 

Anita Malfatti foi uma grande artista brasileira. É considerada a mulher que introduziu o Modernismo nas artes e pinturas no Brasil. Participou da famosa Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. Ela fez o desenho que abriu a exposição e foi muito elogiada.

 

Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu, foi jornalista, escritora e fazia parte de movimentos políticos. Era uma ativista política. Ela começou a trabalhar muito nova como jornalista, com apenas 15 anos. Entrou para o Partido Comunista Brasileiro e participou de greves, manifestações, protestos. Foi uma personalidade importante nas lutas em favor dos direitos e melhor condição de vida para as mulheres. Morreu 1962.

 

Muitas mulheres lutaram em movimentos políticos por melhores condições de vida, não só em defesa delas mesmas como de todos os brasileiros. Foi o caso de Sonia Maria Moraes Angel Jones, que lutou contra a ditadura militar no Brasil. Foi presa em 1969 e, depois de ser solta viveu escondida, por causa da forte repressão. Foi assassinada em

1973, quando tinha 27 anos, ao ser capturada pelos militares da ditadura.

 

Viu como nossa história é cheia de mulheres especiais. Com certeza, você também conhece uma que faz a diferença (na sua vida, na sua escola, no seu bairro). Devemos sempre respeitá-las. Aproveite esta data (8 de março), especial, e não se esqueça de dar os parabéns a todas as mulheres que embelezam a sua vida.


Enem/Vestibulares.


Enem/Vestibulares.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os principais vestibulares estão cada vez mais interdisciplinares, exigindo dos estudantes, além das matérias estudadas na escola, conteúdos atuais. Por isso, para ter sucesso nessas provas, os candidatos precisam estar ligados no que está acontecendo no Brasil e no mundo.

A prova do Enem, geralmente, não cobra um fato específico, mas o contexto no qual ele está inserido. Por exemplo, a Copa do Mundo de Futebol na Rússia pode inspirar questões sobre a história do país: Revolução Russa, União Soviética, Guerra Fria etc. 

Desse modo, é essencial que o estudante liste os principais fatos e busque aprofundar o assunto, considerando o contexto histórico e as possíveis repercussões. Nós, do Brasil Escola, pensamos em 8 dicas para você estudar atualidades para o Enem e Vestibulares.

1. Ter um cronograma de estudos que inclua leituras de jornais ou sites de notícias é de extrema importância. A partir de então, consulte fontes especializadas nos assuntos mais relevantes para ter acesso à contextualização. O canal Atualidades do Vestibular Brasil Escola pode ajudar a aprofundar nos principais temas.

2. Acompanhar os grandes portais de notícias e observar quais temas estão nas páginas principais. Os que permanecem mais tempo têm chance maior de aparecer nas provas do Enem e dos vestibulares. Selecione os mais importantes e faça pesquisas em outras fontes.

3. O Portal Brasil Escola também é um grande aliado dos estudantes, com textos relacionados a todas as disciplinas escolares. O site conta também um canal de exercícios, com questões que auxiliam no aprofundamento dos conteúdos.

Se houver a epidemia de alguma doença no Brasil, como a dengue, por exemplo, no Brasil Escola é possível encontrar textos sobre o vírus, o transmissor, os sintomas etc.

4. Existem algumas ferramentas da própria internet que podem ajudar a identificar os temas mais buscados em determinado período. O Google Trends ou o Trend Topics do Twitter são alguns exemplos de como saber o que as pessoas estão pesquisando ou falando na internet.

Vestibular.

Redação

A redação do vestibular é um dos itens mais citados por alunos durante a preparação para o processo seletivo. Ela pode ser uma vantagem para quem tem intimidade com a escrita, mas causa apreensão em quem não se sente tão confortável para escrever com um prazo tão curto.

Para se dar bem na prova de redação, não é preciso ser um Machado de Assis; basta apresentar um texto conciso e repleto de boas ideias.

Quer escrever uma redação para arrasar no vestibular? Confira nossas dicas:

Não se preocupe demais com a gramática

É bem verdade que um texto bem escrito não permite desacordos com as normas da língua portuguesa. Porém, um dos erros mais cometidos por candidatos em processos seletivos é a preocupação extrema com a gramática. Quando nos atemos demais a esses pequenos erros, deixamos de dar atenção à argumentação do texto. Por isso, preocupe-se em estruturar bem a sua defesa. Planeje-se para fazer um rascunho a lápis: dessa forma, você terá tempo para apagar eventuais erros e conferir a estrutura das suas frases.

… mas procure escrever corretamente

Você não precisa ficar extremamente preocupado com a gramática, mas ela ainda é uma aliada na redação do vestibular. Atenha-se às concordâncias nominais e verbais. Estude o posicionamento da vírgula e enriqueça o seu vocabulário para evitar repetições. Além de estudar bem as regras, procure aplicá-las no dia a dia, até mesmo em textos para redes sociais. Exercite o ato da escrita!

Mantenha-se bem informado

Para escrever bem, é preciso ler muito. Escrever uma boa redação depende de embasamento. Por isso, é tão importante acompanhar as principais notícias do Brasil e do mundo, se informar sobre os temas mais discutidos nas redes sociais e trocar ideias com seus colegas sobre o que ocorre no lugar onde vive. Temas de redação não são tão previsíveis, e estar bem atualizado depende de um olhar atento! Assim, fica mais fácil tomar posicionamento diante dos acontecimentos.

Procure por diferentes fontes de informação para ter mais perspectivas sobre o tema: leia colunas, editoriais de jornais, páginas na internet e assista aos noticiários da TV. Se o tempo anda curto, escute jornais e podcasts durante o trajeto para o trabalho ou para a escola. O Brainstorm tem uma ótima seleção de podcasts sobre variados assuntos.

Assuma e defenda uma posição

Em situações delicadas como um vestibular, tendemos a não assumir um posicionamento por medo da avaliação. Em uma dissertação, no entanto, é importante que o redator assuma uma posição. Debater ideias, propor hipóteses e ponderações enriquecem o texto e mostram ao avaliador o seu potencial de reflexão. Não se contente em constatar os fatos.

Só não vale dar opinião sem validá-las com bons argumentos! Em uma redação, os avaliadores buscam pela capacidade dos candidatos de organização do raciocínio. Para desenvolver essa habilidade, procure grupos de discussão sobre temas atuais. Busque opiniões diferentes e confronte os argumentos dos debatedores.

Ao construir a sua argumentação, busque os pontos problemáticos do tema, aqueles que suscitam polêmicas. Seja preciso e use um tom mais formal, evitando ambiguidades. Verifique atentamente se as suas argumentações não causam contradições entre si.

Siga as orientações no manual do candidato

Ler atentamente as instruções da prova e do manual do candidato parece ser um conselho óbvio. Porém, muitos estudantes são reprovados por desconsiderarem os textos de referência ou os itens pedidos na proposta.

Além de avaliar a capacidade de escrita e argumentação do candidato, uma prova de redação pretende verificar se o redator sabe ler criticamente e interpretar dados e fatos. Leia cuidadosamente a coletânea de textos que acompanha a proposta de redação!

Encare a escrita como um exercício objetivo

Está esperando inspiração para escrever? Tire já o cavalinho da chuva! A escrita exige conhecimento e raciocínio, e é um exercício objetivo de razão. Por isso, é tão importante praticar: aos poucos, você desenvolve suas próprias estratégias para encadear argumentos e um vocabulário cada vez mais rico.

Faça exercícios diários para ganhar mais intimidade com as palavras e busque avaliação dos professores. Caso esteja estudando sozinho, busque exercícios como os do Banco de Redações do Uol e do Descomplica e peça ajuda àquele amigo craque em língua portuguesa!

Faça as redações dos anos anteriores

Fazer as provas anteriores do processo seletivo para o qual está se candidatando fornece um bom embasamento sobre o estilo dos enunciados, o tipo de questões apresentadas e alguns dos desafios mais recorrentes. O mesmo vale para a redação. Assim, você se acostuma ao tipo de proposta do vestibular e não leva um susto no dia da prova.

Aproveite bem o rascunho

Sabe aquela folha para rascunho que costumamos usar para a resolução da prova de Matemática? Aproveite-a bem para compor a redação. Nela, faça um roteiro para organizar suas ideias, anotando suas ideias sobre o tema e os argumentos que você usaria para defendê-las. Caso haja tempo e o vestibular permita, faça a redação a lápis e passe a caneta em seguida, para evitar eventuais errinhos e borrões.

Não use frases ou parágrafos longos

Quando nos empolgamos com a escrita, é comum que façamos frases grandes para explicar um determinado assunto. Um truque eficiente é verificar se a sua frase ocupa 3 ou mais linhas. Se sim, leia a frase novamente e arranje uma maneira de dividi-la em mais frases. Assim, o texto fica mais fluido e limpo.

Respeite a formatação

Leia atentamente as instruções da prova. Muitas delas pedem, atentamente, que os candidatos não ultrapassem o número de linhas e o limite das bordas da folha de redação. Planeje-se para construir uma argumentação concisa, que caiba no espaço fornecido para escrita. Por isso, é tão importante organizar-se nas folhas de rascunho. Exercícios diários ajudam a construir uma noção de tamanho.

Preocupe-se também com a sua caligrafia. Com o uso cotidiano dos computadores para a escrita, é possível que a letra vá ficando ilegível. Faça os exercícios de redação à mão.

Lembre-se do título

Esquecer o título da redação retira muitos pontos na sua avaliação. Caso seja um costume deixar o título da redação por último, deixe um espaço com a palavra “título” escrita a lápis para não se esquecer.

Para escrever bem, não há segredo: pratique, leia e corrija! Prepare-se bem para a redação e dê um tchau para a ansiedade.


Inocência.

INOCÊNCIA.

 

 

HÁ MUITOS ANOS ATRÁS. QUANDO EU TRABALHAVA COMO VOLUNTÁRIO

EM UM HOSPITAL. EU VIM A CONHECER UMA MENININHA CHAMADA LIZ

QUE SOFRIA DE UMA TERRÍVEL E RARA DOENÇA. A ÚNICA CHANCE DE

RECUPERAÇÃO PARA ELA PARECIA SER ATRAVÉS DE UMA TRANSFUSÃO

DE SANGUE DO IRMÃO MAIS VELHO DELA DE APENAS 5 ANOS QUE

MILAGROSAMENTE TINHA SOBREVIVIDO A MESMA DOENÇA E PARECIA

TER, ENTÃO, DESENVOLVIDO ANTICORPOS NECESSÁRIOS PARA

COMBATE-LA.

O MÉDICO EXPLICOU TODA A SITUAÇÃO PARA O MENINO E PERGUNTOU

ENTÃO, SE ELE ACEITAVA DOAR O SANGUE DELE PARA A IRMÃ.

EU O VI  HESITAR UM POUCO MAS DEPOIS DE UMA PROFUNDA

RESPIRAÇÃO ELE DISSE: "TA CERTO, EU TOPO JÁ QUE É PARA SALVÁ-LA.”

À MEDIDA QUE A TRANSFUSÃO FOI PROGREDINDO, ELE ESTAVA

DEITADO NA CAMA AO LADO DA CAMA DA IRMA E SORRIA. ASSIM COMO

NÓS TAMBÉM, AO VER AS BOCHECHAS DELA VOLTAREM A TER COR.

DE REPENTE, O SORRISO DELE DESAPARECEU E ELE EMPALIDECEU, ELE

OLHOU PARA O MÉDICO E PERGUNTOU COM VOZ TRÉMULA — VOU

COMEÇAR A MORRER LOGO, LOGO?

POR SER TÃO PEQUENO E NOVO. O MENINO TINHA INTERPRETADO MAL

AS PALAVRAS DO MÉDICO POIS ELE PENSOU QUE TERIA QUE DAR TODO

O SANGUE DELE PARA SALVAR A IRMÃ!

POIS É. COMPREENSÃO E ATITUDE SÃO TUDO.

 

 

“TRABALHE COMO SE VOCÊ NÃO PRECISASSE DO DINHEIRO

AME COMO SE VOCÊ NUNCA TIVESSE SE MACHUCADO E

DANCE COMO VOCÊ DANÇARIA SE NINGUÉM ESTIVESSE OLHANDO.”

 


Água.


 

TEMA: ÁGUA

 

Reflita:

 

-UM BANHO DE 20 MINUTOS GASTA 120 LITROS DE ÁGUA;

 

-ESCOVAR OS DENTES POR 3min COM A TORNEIRA ABERTA GASTA 18

LITROS;

 

-UMA TORNEIRA PINGANDO GASTA 46 LITROS POR DIA;

 

-UM FILETE DE 3mm DE ÁGUA GASTA 8000 LITROS POR DIA;

 

FAÇA UMA INVESTIGAÇÃO MINUCIOSA NA SUA CASA JUNTO AOS SEUS

FAMILIARES.

INVESTIGUE AS TORNEIRAS E CHUVEIROS SE ESTÃO PINGANDO.

ANOTE OS DADOS.

 

E POR ÚLTIMO ANOTE OS GASTOS DA FAMÍLIA EM LITROS DE ÁGUA COM BANHOS E ESCOVAÇÃO DE DENTES.

 

 

COMENTE:

 


Seja bem-vindo. Hoje é