Era
digital e a Revolução da comunicação
A Era da Informação
ou era
digital são termos frequentemente utilizados para designar os
avanços tecnológicos advindos da Terceira Revolução Industrial e que
reverberaram na difusão de um ciberespaço, um meio de comunicação
instrumentalizado pela informática e pela internet. Podemos compreender que a
era da informação nada mais é do que mais uma dentre as várias evoluções que as
transformações sobre as técnicas produziram, desde a invenção das técnicas
agrícolas em tempos remotos. Sendo assim, trata-se também de uma nova forma de
se produzir e transformar o espaço geográfico, as paisagens, os lugares e o
território. Para esse processo de
formação e integração espacial ocasionado pelas técnicas digitais, bem como à maneira
que ele modifica o espaço, é dado o nome de meio técnico-científico
informacional. Nele, a velocidade dos fluxos econômicos,
sociais, culturais, linguísticos, dentre outros, amplia-se em ritmo
exponencial, deflagrando uma sucessão de novas revoluções a cada instante.
Tais avanços nas comunicações alcançaram um
nível de integração inimaginável em outros tempos. Um exemplo desse processo é
a onda de protestos e revoltas que se iniciou em 2011 na chamada Primavera Árabe,
em que ações organizadas pela população para a derrubada de ditadores e
governantes foram arquitetadas através das redes sociais e divulgadas mundo
afora também por técnicas avançadas e cada vez mais velozes de informações. algumas
posições mais céticas a respeito dessa ampliação na difusão das informações
afirmam que não há uma plena democracia no mundo digital, ao contrário do
pensamento de muitos. Afirma-se que os dados disponíveis na internet, por
exemplo, nem sempre são confiáveis e reproduzem a lógica da cultura de massas
mantida por outras mídias, como a TV e o Rádio. Assim, por mais que as pessoas
possuam uma maior capacidade técnica de ampliar as fronteiras de seus saberes,
isso não necessariamente acontece em função da hierarquia nessa ordem de
produção de informações, em que conhecimentos alternativos são relegados a
dimensões periféricas. Controvérsias à parte, o que se pode concluir, com
certeza, é que na era da informação manifesta-se também uma era da interação,
ou seja, as pessoas, além de meras receptoras de dados e informações, passam
também a contribuir e produzir novas ideias e ações. Assim, considera-se que o
espaço geográfico encontra-se cada vez mais integrado às inovações tecnológicas
e informacionais, tornando-se delas dependente.
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/era-informacao.htm
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