Tema: Gravidez na Adolescência
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A gravidez
precoce ou a gravidez na
adolescência , mais do que um problema para a mãe adolescente e a
família, é um problema de saúde pública. Estima-se que no Brasil, uma entre
cada quatro mulheres que são mães, tem menos de 20 anos de idade. Essas jovens
raramente estão preparadas fisicamente e muito menos psicologicamente
para serem mães.
Hoje em dia não é raro vermos adolescentes com 13
ou 14 anos à espera do seu primeiro filho. Além de essas jovens serem mães
muito cedo, elas perdem parte da infância e precisam amadurecer muito cedo. A
parte da fantasia e do faz de conta de se brincar com bonecas desaparece na
hora do parto e dá lugar ao medo, angústia, solidão e rejeição.
A adolescente precisa ser apoiada pela família e
pelo futuro pai da criança. Depois de confirmada a gravidez, não adianta a adolescente
se revoltar, e muito menos os pais se revoltarem. Nestes casos não vale a pena
chorar pelo ‘leite derramado’.
O apoio e a conversa é a melhor coisa a ser feita
neste momento, já que provavelmente
antes da gravidez o diálogo entre filha e pais não deve ter existido. A
jovem vai sofrer sérias transformações no corpo e precisa de apoio para poder
lidar com isso. Mas deixe claro que apoio não significa transferência de
problema; ela é a mãe e a responsabilidade maior é dela.
Uma entre
cada quatro mulheres que são mães, tem menos de 20 anos de idade.
Ou seja, é a adolescente quem tem de cuidar da
criança, bem como tornar-se responsável pelo sustento financeiro dela. O
ideal é que seja feito em comum acordo com o pai da criança caso o mesmo assuma
a paternidade. Em alguns casos a família da adolescente pode entrar com uma
ação judicial para que o pai da criança assuma a sua parte na criação do bebê.
Os riscos para a saúde da adolescente de uma gravidez precoce também são altos, já que o corpo da menina não
está pronto para receber a criança. Por vezes a jovem escolhe esconde a
gravidez até o último estágio e acaba não fazendo os exames pré-natais e
colocando em risco a vida dela e a do feto. Ela escolhe esse caminho por medo
do que pode acontecer se ela contar a verdade.
São exatamente por esses fatores que a gravidez
precoce deve ser encarada como um problema de saúde pública e não apenas
familiar. É por isso mesmo que toda a sociedade, incluindo a escola deve se
preocupar e orientar os jovens na prevenção de uma gravidez precoce.
Por vezes essa gravidez precoce acontece pela falta
da famosa conversa com os jovens; muitos pais têm vergonha ou acham
desnecessário conversar com os jovens e acham que esse papel é da escola. É por
isso que os jovens começam muito cedo a vida sexual e de forma errada, sem
estarem preparados para as consequências dos seus atos.
Um filho precoce só vai atrapalhar os planos dos
jovens. Por vezes eles abandonam os estudos ou adiam os sonhos que acabam nunca
se concretizando já que eles têm uma responsabilidade muito maior para lidar
nessa fase de planejamento de sonhos.
Isso pode fazer com que o adolescente cresça e seja
um adulto frustrado com a sua vida, sentindo que poderia ter feito muito mais,
realizado os sonhos se não fosse à gravidez precoce. Não estamos falando só da
menina, incluímos também neste tema os meninos que por vezes terão de
assumir a responsabilidade de uma família em plena adolescência.
É por isso que o cuidado, a conversa e o senso de
responsabilidade devem estar sempre presentes. Melhor se precaver antes de
engravidar, há muitos métodos anticoncepcionais eficientes desde que usados
corretamente e com responsabilidade.
Com certeza há exemplos de outros blogs e sites que
abordaram este mesmo tema, muitas adolescentes virão aqui dizer que sentem-se
discriminadas e que todos ‘atiram pedras’ em vez de ajudar; mas estas mesmas
adolescentes infelizmente se esquecem que só elas podem ser responsáveis pelo
seu corpo e pelos próprios atos.
Felizmente muitas têm um final muito feliz, têm
seus filhos, por vezes até se casam ou os pais ajudam na árdua tarefa de criar
um filho sozinha; mas uma grande parcela se vê sozinha e com um bebê nos braços
para criar. Não pense que isso ocorre só em classes menos favorecidas,
adolescentes de classe média e alta também engravidam; por isso a informação e
o diálogo é essencial para que os adolescentes sejam esclarecidos quanto aos
riscos de uma gravidez precoce.
Por isso pense nisso, não custa nada se prevenir.
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