Avaliação.

É HORA DE DISCUTIR AVALIAÇÃO. E REGRAS

NO COLÉGIO MONTEIRO LOBATO, DE PORTO ALEGRE, NÃO HÁ MAIS PROVAS. "NOSSO OBJETIVO NÃO É TESTAR O ALUNO, MAS REALIZAR UM DIAGNÓSTICO PARA DETECTAR DEFICIÊNCIAS NO APRENDIZADO E TRABALHAR ESSES PONTOS NOVAMENTE", EXPLICA O PROFESSOR LUCIANO DENARDIN DE OLIVEIRA. POR ISSO, O ALUNO NÃO VÊ MAIS RAZÃO PARA SE VALER DO "JEITINHO BRASILEIRO". LÁ SÓ SE AVALIA O QUE JÁ FOI BEM TRABALHADO E NINGUÉM PRECISA COLAR FÓRMULAS, POIS ELAS FICAM NO QUADRO-NEGRO, PARA TODO MUNDO VER.

A PROVA COM CONSULTA É O MELHOR ANTÍDOTO DA COLA PARA GUSTAVO BERNARDO, PROFESSOR NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO. "A AVALIAÇÃO QUE DÁ MARGEM À COLA PRECISA SER ABOLIDA, PROPORCIONANDO UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA, NÃO SÓ DO PROFESSOR NOS ALUNOS, MAS DOS ALUNOS NO PRÓPRIO SABER."

AS AVALIAÇÕES QUE BERNARDO PROPÕE TÊM O OBJETIVO DE ESTIMULAR A CAPACIDADE DE ARGUMENTAÇÃO. DURANTE OS TESTES, OS ALUNOS PODEM CONSULTAR CADERNOS, LIVROS E ATÉ UNS AOS OUTROS, DESDE QUE NÃO COPIEM. "E A SALA NÃO VIRA UMA BAGUNÇA."

NO COLÉGIO ESTADUAL EMÍLIO DE MENEZES, EM CURITIBA, A HORA DA PROVA NÃO É MOMENTO DE TERRORISMO, DE ACORDO COM O DIRETOR ALCIDES JOSÉ DE CARVALHO. "DAMOS MAIS ÊNFASE À QUESTÃO FORMATIVA E VALORIZAMOS O PROGRESSO DO ALUNO INDEPENDENTEMENTE DE ELE SER O 'MELHOR' OU O 'PIOR', DA TURMA." POR ISSO, AS SITUAÇÕES DE COLA NÃO SÃO FREQUENTES.

QUANDO ALGUM PROBLEMA DESSE TIPO ACONTECE, O ALUNO É ENCAMINHADO PARA A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL. "MOSTRAMOS QUE A ATITUDE NÃO ERA CORRETA", DIZ O DIRETOR, ENFATIZANDO O CUIDADO DE FALAR DA ATITUDE E NÃO DA PESSOA. OU SEJA, NÃO É O ALUNO QUE ESTÁ ERRADO, E SIM O QUE ELE FEZ. "TEMOS UMA GRANDE FUNÇÃO SOCIAL DE PREPARAR O ALUNO PARA NÃO COMPACTUAR COM O MODELO DA CHAMADA 'LEI DE GERSON', QUE DEFENDE QUE O IMPORTANTE É LEVAR VANTAGEM EM TUDO."

É HORA DE DISCUTIR AVALIAÇÃO. E REGRAS

PESE O QUE VOCÊ ESTÁ EXIGINDO NAS PROVAS. PARA SE SAIR BEM NELAS O ALUNO PRECISA DECORAR FÓRMULAS E DATAS? O CONTEÚDO QUE ESTÁ SENDO COBRADO FOI BEM COMPREENDIDO PELA TURMA?

PENSE E DISCUTA COM COLEGAS, ALUNOS E DIREÇÃO SE O MÉTODO DE AVALIAÇÃO ADOTADO PELA ESCOLA É JUSTO E EFICIENTE. É APENAS A NOTA DA PROVA QUE DEFINE O NÍVEL DE APRENDIZAGEM DA TURMA OU OUTRAS FORMAS DE AVALIAÇÃO ESTÃO SENDO LEVADAS EM CONTA?

QUE IMPORTÂNCIA VOCÊ DÁ À NOTA DA PROVA: É SEMPRE UM ATESTADO DE IGNORÂNCIA OU DE INTELIGÊNCIA? OU VOCÊ CONSIDERA A PROVA UMA FORMA DE REORIENTAR AS SUAS AÇÕES?

QUE TAL OLHAR SEM PRECONCEITO PARA O ALUNO QUE FOI PEGO COLANDO E PERGUNTAR: POR QUE FEZ ISSO? TEVE UM COMPORTAMENTO DESONESTO PURA E SIMPLESMENTE OU PARECIA INSEGURO E NERVOSO POR NÃO TER ESTUDADO DIREITO? ÀS VEZES O PAVOR É TANTO QUE O ALUNO ESQUECE TUDO QUE ESTUDOU. SERÁ QUE ELE NECESSITA DE AJUDA OU VOCÊ PRECISA REPENSAR A AVALIAÇÃO?

QUANDO BOA PARTE DA TURMA TIROU NOTA BAIXA, VOCÊ APROVEITA PARA FAZER UMA AUTO AVALIAÇÃO OU ENTENDE QUE O PROBLEMA ESTÁ NA INCAPACIDADE DE APRENDIZAGEM DELES?

HÁ TRANSPARÊNCIA NA SUA RELAÇÃO COM OS ALUNOS, COM ESPAÇO, POR EXEMPLO, PARA DISCUTIR A NOTA?

ANTIGAMENTE, O PROFESSOR PODIA SAIR DA SALA DURANTE A PROVA, PORQUE CONFIAVA NOS ALUNOS. HOJE, RAROS TÊM ESSA ATITUDE. IMAGINE COMO SERIA SE VOCÊ DEIXASSE SEUS ALUNOS SOZINHOS DURANTE A PROVA. PARA VOCÊ, ISSO MUDARIA O RESULTADO DA AVALIAÇÃO?

SUA ESCOLA CRIA ESPAÇO PARA A DISCUSSÃO DA ÉTICA? SABEMOS QUE O COMPORTAMENTO ÉTICO CHEGA A SER DESESTIMULADO NA NOSSA SOCIEDADE COMPETITIVA E DESIGUAL. E SE VOCÊ TRANSFORMASSE O PROBLEMA NO MOTE DE UMA DISCUSSÃO?

VOCÊ SABIA QUE UMA PROVA NÃO PROVA NADA? UMA COLA TAMBÉM NÃO. SE O ALUNO FAZ UM LEMBRETE NÃO INDICA QUE ELE É MAU CARÁTER.

 


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