África.

ÁFRICA

COMO SE VESTEM

Zulu

Provavelmente, o povo mais conhecido da África do Sul seja o Zulu. Sua vestimenta é reconhecida pelo brilho e colorido, especialmente as usadas por mulheres e garotas. As jovens solteiras usam talão "izincu" de miçangas em torno da cintura, tornozelos e cotovelos, assim como tiaras e colares de contas. O uso da cor serve para mostrar sua condição de solteira. As mulheres Zulu casadas usam chapéus "isicholo" mais sérios e xales "Ibhayi". Os homens Zulu tradicionalmente usam diferentes capas de peles de animais, dependendo do seu estado civil.

Xhosa

As tradições Xhosa são distintas e sua vestimenta tribal reflete isto. As jovens que procuram maridos costumam deixar os seios à mostra para exibir sua beleza. As pérolas são novamente muito usadas em roupas femininas, e as vestes diferentes refletem o status de uma mulher dentro da tribo. As contas também são usadas ​​em acessórios, como bolsas de tabaco, que são carregadas por mulheres com filhos casados​​. O traje masculino inclui mantas coloridas tingidas com ocres naturais. Em alguns grupos, cavaleiros usam chapéus distintos em forma cônica.

Venda

Os povos de Venda, das áreas setentrionais da África do Sul, possuem cerimônias exclusivas, como para fazer chover. Como parte desta cerimônia, um dançarino da chuva veste uma saia de gramíneas, juntamente com um elmo e faixas para os braços e pernas feitas de penas. Os membros mulheres da tribo performam a dança da cobra ao som dos tambores "djembe", usando uma tanga tradicional, enquanto outras mulheres passam a executar a dança usando peles de animais, franjas e uma pena em seu cabelo, indicando a sua maturidade.

Voortrekker

A tradição Voortrekker é comemorada pela comunidade de Africâneres. Estes agricultores de língua holandesa usavam roupas cotidianas simples, mas gostavam de roupas mais sofisticadas para as festas. O gorro Voortrekker, como usado por mulheres, é o elemento de assinatura deste estilo. Outros itens femininos são o avental e lenços coloridos com broches ornamentados. Os homens usam chapéus de feltro de abas largas e coletes de seda, cetim e veludo.

O QUE COMEM

Como todo país, a África do Sul também apresenta uma culinária própria, tendo como base de seu cardápio as carnes vermelhas, além das comidas exóticas.

Num evento social de nome braai, pode-se comer carnes grelhadas, mas estas nunca são preparadas por mulheres. Os homens juntam-se em volta dos braseiros e as mulheres ficam responsáveis por preparar as saladas e as sobremesas.

A culinária da África do Sul recebeu fortes influências das culturas indígenas, mais especificamente das tribos Khoisan, Xhosa e Sotho. O doce de nome koeksisters é tradicional no país, sendo de origem desses povos, muito servido como sobremesa; é de aparência simples, comumente servido em eventos informais, pode ser encontrado facilmente.

A comida sul-africana também recebeu, na época colonial, influências das comidas britânicas, através dos escravos que trabalharam para famílias inglesas.

Os escravos, privados de sua liberdade, tiveram que adaptar suas receitas étnicas africanas aos ingredientes que dispunham, incluindo-os na forma de preparar os alimentos.

O país recebeu influências da culinária árabe, na época da idade média, esses costumes também foram levados através dos escravos, que levaram várias receitas com eles.

Como comidas exóticas, comem grilos fritos, mas hoje em dia a culinária da África do Sul é reconhecida pela sua singularidade e sabor, copiada em muitos países do mundo.

Com as influências de várias culturas, a culinária sul-africana se tornou um verdadeiro caldeirão de ideias e sabores. Suas receitas variam entre carnes, pães, doces, tortas, linguiças, espetos e arroz colorido.

DO QUE BRINCAM

Escravos de Jó

É uma brincadeira de roda guiada por uma cantiga bem conhecida, cuja letra pode mudar de região para região. Para brincar, é preciso no mínimo duas pessoas. Todos têm suas pedrinhas e no começo elas são transferidas entre os participantes, seguindo a sequência da roda. Depois, quando os versos dizem “Tira, põe, deixa ficar!”, todas seguem a orientação da música. No verso “Guerreiros com guerreiros”, a transferência das pedrinhas é retomada, até chegar ao trecho “zigue, zigue, zá!”, quando os participantes movimentam as pedras que estão em mãos para um lado e para o outro, sem entregá-las a ninguém. O jogador que erra os movimentos é eliminado da brincadeira, até que surja um único vencedor.

Pular corda

Preferida das meninas, tanto na versão tradicional quando nas versões diferenciadas em que a brincadeira é guiada por alguma cantiga. Além de ser divertida para o lazer, é uma atividade excelente para exercitar o coração e a coordenação motora. Pode ser praticada tanto individualmente quanto em grupo, quando duas pessoas seguram as pontas das cordas e movimenta o instrumento para que um ou mais participantes possam pular. Quem esbarrar na corda sai da brincadeira. Ou simplesmente perde, e continua!

Pular elástico

Outra muito apreciada pelas meninas! Para brincar, basta separar pelo menos 2 metros de elástico de roupa e dar um nó. É necessário no mínimo 3 participantes: duas para segurar o elástico e outra para pular. As duas crianças que vão segurar o elástico ficam em pé, frente a frente, e colocam o elástico em volta dos tornozelos para formar um retângulo. Daí, o participante da vez faz uma sequência de saltos: pula para dentro, sobre e para fora do elástico, tentando completar a tarefa sem tropeçar. O grau de dificuldade aumenta ao longo da disputa: o elástico ainda deve subir do tornozelo para o joelho, cintura, tronco e pescoço. Dependendo da altura das crianças, o jogo vai ficando impraticável, mas é o desafio que estimula a brincadeira!

QUE LÍNGUAS FALAM

Segundo um artigo publicado na revista Science, a origem da linguagem humana está na África. O estudo de Quentin Atkinson, pesquisador da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, mostra que há uma relação entre o surgimento do Homo sapiens no continente e a aparição da língua falada.

Atkinson aplicou na linguística um conceito oriundo da genética, conhecido como “efeito fundador”. Ele explica que, quando há expansão, uma população pequena se separa e vai para outro território, levando apenas uma parte da população original, o que pode ocorrer repetidas vezes. Em vez de genes, o pesquisador analisou fonemas, unidades distintas de sons, que diferenciam palavras. Segundo ele, quanto maior o número de fonemas em uma língua, maior o tamanho da população falante. Ao mesmo tempo, quanto menor a diversidade de fonemas, mais distante está a língua da origem.

Depois de analisar o repertório de fonemas de 504 línguas, juntamente com a localização geográfica, concluiu que a África apresenta a maior diversidade de fonemas, e, portanto, teria sido o berço da mais antiga língua falada. A América do Sul e a Oceania apresentam o menor número de fonemas distintos. Logo, têm as línguas mais recentes do planeta.

COMO CANTAM E DANÇAM

As crianças, encontram na brincadeira uma poderosa ferramenta de experimentação e conhecimento. Em geral, adoram música e dança. Era assim com os pequenos da pré-escola do CEI Santa Escolástica, na capital paulista. Atenta a essa empolgação, a professora Luciana do Nascimento Santos fez o óbvio: pôs a meninada para tocar, cantar e dançar. Mas foi além. Primeiro, estabeleceu um foco para sua atuação, explorando influências da cultura africana com o aprendizado de instrumentos como agogô, caxixi e alfaia e de danças como jongo, maracatu e coco. Em segundo lugar, encarou essas práticas como meios de pesquisa cultural, conduzindo a turma na descoberta da história da África e suas ligações com o Brasil.


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